"A falta de religiosidade está piorando a sociedade". É mesmo?

Uma das queixas que os religiosos mais fanáticos fazem é atribuir à falta de religiosidade toda a decadência social percebida na realidade. Pensam os religiosos que a crença em Deus e em dogmas ajuda a regular a moralidade, pois é estigmatizada a crença de que religiões são as guardiãs da bondade e do respeito ao próximo.

Tolice. Religiões nunca deveriam interferir na realidade cotidiana, pois quase todos seus dogmas são baseados em lendas, muitas absurdas e sem comprovação lógica. Aliás, várias são comprovadamente ilógicas. Então, porque entregar aos defensores do absurdo a missão de regular e estimular a bondade no planeta.

Aliás, bondade? Então esses religiosos não leram a Bíblia totalmente. A Bíblia permite todo o tipo de maldade para as suas divindades, sobretudo para aquele que todos conhecem como "Deus". Por ser a autoridade máxima do universo, ele pode tudo: pode fazer mágicas, desobedecer leis, praticar absurdos e principalmente prejudicar quem ele queira. O Deus bíblico - que é o Deus em que os brasileiros acreditam - é um Deus seletivo, que decide quando agir, como agir e quem será beneficiado ou prejudicado e nem sempre de forma mais justa.

E não apenas o Deus bíblico, mas os próprios religiosos, sob o pretexto de defender essa moralidade estranha e seletiva, lançam mão de muita agressividade contra quem discorda de seus dogmas. Protegidos pela moral que eles consideram divina e por uma Autoridade Máxima que não possui superior, os religiosos acham no direito de prejudicar quem não segue sua crença, por achar na "missão" de defender a humanidade de supostos males.

Não são poucas as demonstrações de irritabilidade e em certos casos, de violência, praticadas pelos religiosos com o objetivo de defender suas crenças pessoais. E bom lembrar que falo de cristãos, pois apesar de não serem tão radicais quanto os islâmicos, possuem uma boa parcela de crueldade. Pois para os cristãos, Deus vem antes de todas as coisas e se precisar matar para agradar a esse Deus, que o homicídio seja feito, com a bênção divina.

A religiosidade não foi feita para ser levada a sério. Com base em lendas mitológicas, deveria servir apenas para entretenimento. Mas é encarada como um código moral e regulador da moralidade humana e por se basear na ficção, os resultados podem sempre ser preocupantes.

O ideal é que não precisássemos de religião. Na verdade a religião é que é a verdadeira causa da piora social, já que nos impede de raciocinar plenamente e de propôr soluções verdadeiras para um mundo sem problemas que tem coisas muito mais importantes a fazer do que ficar rezando de joelhos ou fazendo louvores para o vento, em nome de amigos imaginários que criamos ao nosso bel prazer.

A bondade vem do altruísmo, a noção que temos que toda a coletividade precisa estar bem (algo quem muitos religiosos não tem, pois preferem proteger o bem-estar apenas de alguns grupos ou indivíduos) e a distância de dogmas religiosos torna a bondade mais espontânea e eficiente, trazendo benefícios reais que uma simples reza ou uma paliativa filantropia religiosa são incapazes de trazer.

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