Problemas com a religiosidade têm origem no desejo de religiões interferirem na realidade
Religiosos vivem querendo se intrometer na realidade. Acreditando cada uma em ser dona absoluta da "verdade" (quem diz muito que é, é porque não é - se as religiões falam muito sobre a verdade...), religiosos querem porque querem dar pitacos na realidade cotidiana, como se os seus livros "sagrados", cheios de lendas e ideias equivocadas, fossem manuais de conduta humana.
Mas quando são criticados por este desejo de interferir na realidade cotidiana, sobretudo a realidade de quem não compartilha da mesma crença, os religiosos alegam intolerância e justificam o seu desejo com a "missão de orientar a sociedade e evitar a cometer erros". Ou seja, aquilo que os religiosos definem como "erros" com base apenas nas convicções pessoais e nas retrógradas estórias ficcionais de seus livros "sagrados".
Se os religiosos desistissem de querer mudar a realidade com base naquilo que acreditam, se limitando aos seus templos e grupos sociais, não haveriam problemas. Se existe o direito de crença que deve ser respeitado, ele deve permanecer confinado em seus templos e lugares de culto. Dentro deles, a fé poderia continuar seguindo tranquilamente, enquanto a realidade seguiria a sua evolução naturalmente, com base nas evidências.
Mesmo o "Espiritismo" brasileiro, tão metido a racional e "científico", mas transformado em uma igreja com um repertorio de dogmas absurdos que beiram o risível, deve permanecer trancafiado em seus centros. A realidade não lhes pertence e se existe a vida pós morte, com a absoluta certeza ela é muito diferente da relatada nas ilusões do lunático Chico Xavier, o líder máximo dos supostos "espíritas" brasileiros, iludidos com as "maravilhas" que ouvem falar nos centros através de palpites e especulações, fontes geradoras de muitas contradições.
O recado para todas as religiões, construídas sem exceção com base em lendas e a existência de seres superpoderosos, é o de que nunca devem interferir nas realidade. Se os dogmas são surreais, eles devem permanecer limitados ao surrealismo. Interferir na realidade é querer que a mesma assimile a surrealidade dos dogmas religiosos.
Religiões devem ficar isoladas em seus templos e grupos. Deixem a realidade ao cuidado dos mais realistas. Chega de querer procurar no surrealismo das crenças as soluções para problemas que já são difíceis de resolver com a racionalidade realista e que poderiam piorar com a soluções surreais propostas pela fé cega de religiosos intrometidos.
Realidade se resolve fora da religião. A fé destrói a realidade e faz com que a fantasia tome o seu lugar. A fantasia que é mantida para que problemas reais continuem enquanto nos iludimos com a felicidade fantasiosa prometida pelas igrejas e seitas.
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