A Teocracia no Governo Temer
Infelizmente, graças a iniciativa eficiente do Poder Econômico do Grade Empresariado, a esquerda foi deposta do poder (mesmo fazendo governo levemente neoliberal) para colocar as forças retrógradas personificadas pela ala conservadora do PMDB e por todo o DEM e o PSDB, este o maior interessado na queda de Dilma & Companhia.
Aécio, candidato da direita em 2014, nunca aceitou a sua derrota, julgando a vitória de Dilma como "fraudulenta". Paranoicamente foi alimentando a ideia ao ponto de recorrer ao Grande Empresariado que nunca aceitou não ter um representante das elites como Presidente da República.
Aécio pediu aos empresários, meios que pudessem ser investido numa poderosa e convincente campanha publicitária de difamação que criasse uma imagem negativa não apenas de petistas mas de toda a esquerda, trocando as característica da direita e da esquerda, se aproveitando da péssima educação do povo, pouco afeita a política, desestimulada a analisar e raciocinar e totalmente confiante nas instituições tradicionais, sobretudo a mídia e as entidades religiosas.
E as religiões, sedentas pelo poder e desejosas de um governo teocrático aos moldes da Idade Média, justamente por acreditar que o "senhor do universo" a quem eles chamam de "Deus" é uma autoridade poderosa que nunca deve ser desobedecida. Mesmo sem que a sua existência pudesse ser comprovada.
Lideranças religiosas se uniram aos empresários mais poderosos do país (incluindo altíssimos executivos de filiais brasileiras de empresas estrangeiras) para reforçar essa campanha de difamação anti-esquerda, como se o Senhor do Universo tivesse ordenado para que os capitalistas retomassem as rédeas do país, garantindo o bem estar pleno (ou abusivo) de elites e forçando as classes inferiores a se sacrificar (no pior sentido) para alcançar algum benefício, por menor que seja.
Essas lideranças, por ter apoiado essa campanha que ajudou a derrubar Dilma, agora exige a sua "remuneração" pela participação ativa na campanha difamatória. Não somente quer participação no poder como a eliminação de tudo que vai contra as convicções pseudo-morais que estão atribuídas na Bíblia ou em outras obras de cunho cristão.
O machismo, a homofobia, o racismo, a ateofobia, o anti-esquerdismo já deram as caras no governo, a observar as características do ministério montado por Michel Temer, um sósia de vampiro casado com uma garotinha que poderia ser a sua neta (fica complicado contar com Temer para campanhas anti-pedofilia e anti-machista), cuja personalidade hesitante o faz de joguete fácil das forças parasitárias. Tanto é que Aécio Neves, o maior interessado nisso tudo, fez questão de estar na posse, mostrando quem realmente irá governar o país.
A Bancada da Bíblia estará forte no governo Temer. Ela além das bancadas policial/militares e a ruralista, sem esquecer do indispensável apoio da Grande Mídia (esta com a credibilidade readquirida, infelizmente graças a sua atuação decisiva na difamação) irá cobrar seu preço caríssimo que certamente será pago pela parcela menos favorecida da população.
Integrantes de grupos sociais tradicionalmente discriminados terão seus direitos reduzidos, a não ser que ajam para "se converter" ao estereótipo desejado elas forças retrógradas que tomam posse nestes dias sombrios que se iniciam no país.
Ateus, tradicionalmente discriminados por se recusarem a obedecer a um ser sem existência comprovada que para muitos é o Senhor do Universo, serão ainda mais discriminados. Sem o direito de exigir provas da existência de Deus, serão obrigados a aceitá-lo, sendo tratados da mesma forma operários obrigados a obedecer um empresário que nunca veem. E é assim que funciona a associação Cristianismo/Capitalismo, obrigando a obediência de uma liderança invisível, distante, misteriosa e por isso imprevisível e temente.
Realmente temos tudo a temer (trocadilho proposital) no Brasil a partir de agora.
Comentários
Postar um comentário