Religião e violência: porque nunca se separam?


Alguns fatos ocorridos em datas próximas nos fazem pensar bastante:

- Terroristas islâmicos  invadem a sede de um jornal político de criticas bem humoradas e matam os principais integrantes da equipe responsável;
- Numa entrevista, o Papa Francisco I admite que é a favor da "palmadinha", uma forma branda de violência contra crianças;
- A sede da Igreja Universal no Ceará resolve treinar jovens para que formar uma organização paramilitar para "defender a sua fé", exatamente da mesma forma que o Exercito oficial;
- Jihadistas destroem milenares peças do patrimônio histórico da antiga Assíria;
- Em "Data Limite", Chico Xavier afirmava que os países que não aderirem ao Cristianismo serão destruídos a partir de 2019, sobrando apenas o Brasil, com uma maioria cristã que "governará" o mundo por causa de seu exemplo de religiosidade (Teocracia?).
- Centenas de postagens revoltosas em redes sociais assinadas por cristãos condenando ateus e crenças diferentes das suas, impondo cada fiel seu ponto de vista - e consequentemente - sua compreensão pessoal de "Deus";
- Direitistas que se assumem cristãos já disseram em mais de uma oportunidade serem a favor da violência para calar a voz dos que defendem interesses diferentes dos deles, sobretudo Socialistas.

Como vemos, os religiosos estão bem longe de serem bonzinhos. Desde os primórdios da humanidade, a defesa de crenças pessoais vem acompanhadas de atrocidades porque para quem acredita, tudo deve ser feito para que divindades sejam obedecidas e tenham seus interesses satisfeitos plenamente. Nem que para isso seja obrigatório a eliminar vias humanas, supérfluas perante os interesses das supostas divindades.

Boa parte das religiões nasceram de batalhas. Todas as crenças cristãs vieram de partos bem doloridos, fundadas após conflitos entre suas lideranças. E muitas delas lançaram mão de danos ao próximo para que pudessem fincar seus pontos de vista. Já devidamente consagrados, passam a condenar - da boca para fora - qualquer tipo de dano alheio, mas em sentinela para baixar o sarrafo ao surgir a menor ameaça a manutenção de suas ideias abstratas.

É estranho que religiões falem tanto em paz, amor, respeito ao próximo. Diz o ditado que quem vive na ânsia de se assumir como determinada coisa, é porque não é de jeito nenhum. Enrustidos tem medo de assumir seus defeitos. Mas ser bom de fato pode parecer um mau negócio. Ser bom de fato, exige esforço e assumir como mau estraga o prestígio. Legal mesmo é ser mal, mas assumindo ser bom. Ou seja, colocar rótulos bonitos para coisas feias. E é assim que as coisas são resolvidas.

Pior que a acusação de violentos quase sempre cai em cima dos pobres ateus, cujo único "pecado" é querer ficar longe dessa festa grandiosa de culto ao Amigo Imaginário. Ateus, por não acreditarem em dogmas, em divindades (sejam do bem, sejam do mal; NÃO ACREDITAMOS EM NADA, OU SEJA: NÃO ACREDITAMOS EM DEMÔNIOS e em nenhuma força maléfica! Viram, cristãos preconceituosos?!!!). Ateus querem apenas cuidar de suas vidas sem perder tempo louvando  ar, a parede, o chão ou qualquer que seja para tentar encontrar alguma divindade com os ouvidos abertos.

Trocando em miúdos: o ateísmo nunca estimula a violência. Se algum ateu comete uma atrocidade, não é por causa do ateísmo (interessante que os religiosos consideram o ateísmo uma "crença", como se existisse uma"divindade" do ateísmo a nos mandar; eles não conseguem imaginar uma sociedade sem religião) e sim por ignorância própria. E não adianta tentar converter um ateu violento pois a violência que faz parte de seu caráter será apenas disciplinada e direcionada ao cumprimento dos interesses da fé de seus líderes conversores.

Não é a fé que garante a paz e o altruísmo. Pouco ou nada se fez pelo bem estar coletivo em séculos e séculos de fé dominante. O resultado está aí: contestem! A lógica e o raciocínio desestimulados pelas religiões é que é porto mais seguro para estimula o bem estar comum e a eliminação de problemas.

Tolice achar que algum super herói imaginário (leia-se divindade) tenha condições de resolve algo que não conseguimos resolver. O Brasil possui problemas tão fáceis de resolve, que não são resolvidos por que sua resolução fere interesses de poderosos. 

Até porque se não houver mais problemas, ninguém terá um motivo para se esconder dentro de templos, para que rebanhos imensos de ovelhas anencéfalas garantam a permanência da fé que prefere matar seres humanos do que lhes garantir o pleno bem estar.

Estamos cansados de guerras santas. Elas continuarão até que toda a humanidade aceite de uma vez por todas a paz ateia que nos faz amar espontaneamente e nos faz esforçar a favor da melhoria coletiva.

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