Porque a maioria das pessoas é religiosa

Infelizmente estamos no século XXI e a religiosidade continua muito forte. As previsões dos futurólogos fracassaram e apesar da evolução tecnológica estamos cada vez mais atrasados como seres humanos. Porque lendas absurdas e seres imaginários com superpoderes ainda causam tanto fascínio a ponto de controlar a vida das pessoas e o modo como elas pensam?

Não apenas um, mas vários fatores podem justificar porque a religiosidade está em alta, mesmo numa época de suposto avanço. É um baita êxito das lideranças religiosas (e das não-religiosas também, pois políticos e empresários se beneficiam da submissão estimulada pela religiosidade) que podem explorar seus fiéis à vontade, oferecendo promessas em troca da aceitação cega de seus absurdos.

Poderemos enumerar algumas causas que fazem com que a religiosidade esteja em alta:

- A necessidade de um tutor:
Ainda estamos na infância coletiva da humanidade, quase entrando na adolescência e existe nesta fase a necessidade de alguém que nos cuide. Alguém que esteja de plantão para nos ajudar e também nos orientar, como uma espécie de "pai". Deus e outras dividades como santos, espíritos, etc., foram criados com esta função, de servir como tutores quando as pessoas não tem alguém no planeta para recorrer. Esta ânsia desesperada por um tutor, mesmo invisível, é facilmente derrubada quando desenvolvemos os discernimento e analisamos os fatos.

- Muitos são religiosos: vou ser também!:
Já escutei alguém conhecido dizer algo como "se a maioria tem religião e acredita em Deus, uma maioria não pode estar errada".  Temos o hábito de qualificar as coisas com base na quantidade de pessoas que aderem. Isso faz com que modismos peguem com muita facilidade. Somos seres sociais, precisamos da companhia dos outros e importantes benefícios, como emprego e vida afetiva, dependem da decisão alheia para que possamos conquistar.O fato da maioria seguir religiões e altamente influente para que as pessoas se tornem também religiosas. Ninguém quer ser ateu em um grupo de fiéis religiosos, ainda mais que o ateísmo é praticamente criminalizado em muitos lugares, como  Brasil. Seguir a maioria é a regra. E se a maioria é religiosa...

- Estórias lindas, contos de fadas que parecem reais:
Religiões, sem exceção, se baseiam em lendas. São estórias mirabolantes, de surrealismo fantástico e seres superpoderosos que supostamente existem para salvar a humanidade. Pouco difere das estórias de super-heróis, mas por ter caráter divinal, é confundido com a realidade e muito frequentemente essas estórias são utilizadas para legislar a realidade, o que causa preconceitos, desentendimentos e vários tipos de danos, até mesmo a morte.

- Formas estereotipadas de bondade:
Esse é o ponto fraco de qualquer crença religiosa: a associação com a bondade. Acreditam os seguidores de crenças que a bondade praticada pela religiosidade é melhor que a não religiosa por causa do caráter divinal. O curioso é que além da caridade religiosa ser meramente paliativa, várias seitas defendem a sádica Teologia do Sofrimento, aquela que diz que sofrer traz dignidade e que a felicidade só existe no futuro, de preferência depois da morte. Um grave erro acreditar que o altruísmo religioso é o ideal, s observarmos estes tristes detalhes, frequentemente esquecidos pela sociedade religiosa.

Acredito que sejam estas as hipóteses que explicam o porquê de uma sociedade supostamente evoluída ainda continuar iludida pelas fábulas surreais das religiões. A sociedade ainda precisa usar melhor os seu intelecto para não cair em ciladas como a da religiosidade.

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