Duas filosofias com o mesmo nome, mas atitudes totalmente diferentes

Assim como o verdadeiro Islamismo não aprova os atos violentos normalmente associados a este, o verdadeiro Espiritismo (que não é religião como o Islamismo) não aprova todas as bobagens que costumam associar à doutrina. Esta má compreensão do que é o Espiritismo acabou criando dois Espiritismos: o real e o fantasioso.

O real, descoberto por Kardec com a participação de espíritos em suas pesquisas (esse negócio de revelação missionária mais parece uma tentativa de mistificar Kardec, transformando numa espécie de "bruxo"), é muito racional e pretende estudar tudo que ainda não é conhecido no mundo material. É uma ciência, mas como Kardec era um educador, aproveitou também para estudar os efeitos morais, o que para os leigos e os seguidores mais sentimentais entenderam como "missão divina" e "religiosidade".

Graças a essa confusão, que infelizmente não é exclusividade dos chiquistas febianos (seguidores de Chico Xavier e médiuns similares além dos ditames da FEB, de filosofia roustainguista), os supostos seguidores da doutrina no Brasil, entenderam tudo errado e transformaram aquilo que deveria ser ciência em uma igreja como outra qualquer, só que rotulada como "ciência" para que seus dogmas ilusórios possam ganhar mais credibilidade, solidificando a fé cega que seus seguidores se referem como "raciocinada".

Como a maioria dos brasileiros, sobretudo os que não participam das discussões pela internet, só conhece como "Espiritismo", toda essa farsa criada pela FEB em torno de médiuns como Xavier & CIA, o verdadeiro Espiritismo fica barrado, desconhecido das grandes massas que, seduzidos pelo discurso sentimentaloide de palestras e livros, escolhe permanecer na versão deturpada, pensando ser esta a original.

Bondade e maldade estereotipadas

O que fortalece essa permanência é a estereotipo de bondade e maldade. Os fiéis dessa seita maluca em que se transformou o Espiritismo à brasileira (conhecido também como Espiritolicismo, por usar a metodologia católica para se difundir) não conseguem imaginar que médiuns, palestrantes e espíritos que falam palavras lindas de paz e amor estejam na verdade mal intencionados. Esperam que os espíritos inferiores venham vestidos de diabo ou de formas horrendas a fazer ameaças. Com a evolução terrestre, isso não convence mais. E esses espíritos sabem muito bem disso.

No mundo animal, para que o predador possa obter sucesso, ele deve se fazer atraente para a sua presa. muitos lançam mão do mimetismo para obter uma aparência agradável para atrair a sua presa e partir para o ataque com ela bem perto. O mesmo se dá com as influências negativas desse "Espiritismo" à brasileira.

Os espíritos inferiores - que obsediam médiuns e palestrantes, fingindo ser seus mentores - se disfarçam de espíritos superiores (geralmente com aparência de anjos e padres) e escrevem lindas mensagens de paz, amor e caridade que seduzem e comovem suas vítimas para depois, através de pseudo-assistencialismo, sugar toda a energia espiritual, arruinando a sua vida para criar uma dependência que obriga a vítima a continuar se "tratando" e frequentando centros, satisfazendo a sede materialista do espírito mistificador. Parece cruel? Mas é assim que eles agem, pois sem os corpos, precisam de encarnados para satisfazer suas ânsias.

Fazer os fiéis continuarem frequentando centros e fazendo tratamentos (não existe tratamento espiritual - isso é isca para obsessões ainda maiores!) é o verdadeiro objetivo desses espíritos do mal, que, como eu disse, sugam a energia desses fiéis para satisfazer tudo aquilo que não podem satisfazer sem os corpos. Em outra postagem detalharei mais sobre essa influência nefasta disfarçada de "benévola" que caracteriza a deturpação da doutrina em nosso país.

E com isso o Espiritismo verdadeiro, após a famosa briga entre Bezerra de Menezes (vilão) e Angeli Torteroli (herói), onde o primeiro saiu vitorioso, resultando em todo os graves erros que anos depois foram consagrados através do Pacto Áureo, acordo que legitimou a deturpação em detrimento da doutrina verdadeira, só hoje começando a ser debatida pela internet.

E graças a toda essa confusão, eis que nos apresentam dois Espiritismos: o Espiritismo verdadeiro, instituído por Kardec, e Espiritismo pirata, falsificado, defendido pela FEB e seus médiuns e espíritos-estrela, como Bezerra, Chico, Divaldo, entre outros. Escolha o seu favorito.

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