Bondade faz parte da inteligência: quem é inteligente, mas não é bom não é 100% inteligente

Uma questão começou a aparecer em alguns fóruns, sobretudo os que analisam a ciência  espírita (esqueçam a religião "espírita" - ela é uma farsa!). Muitos membros estão começando a analisar a dualidade  inteligência x bondade, ou intelecto x sentimento. É uma questão que tem causado muita polêmica, visto numa sociedade que despreza o intelecto e que tem um conceito estereotipado do que é bondade ou altruísmo.

Mas o que poucos sabem é que a bondade e a inteligência andam juntas. Ou melhor: a bondade faz parte da inteligência. E o que é mais surpreendente: se observamos com atenção detalhada, os inteligentes que não possuem bondade tem a inteligência bastante limitada, já que a verdadeira inteligência analisa o bem estar coletivo e tem condições de criar soluções mais eficientes para prevenção de problemas e combate a danos.

Já a bondade pura, frequentemente defendida e admirada no Brasil é frouxa e serve mais como consolo do que como uma solução. Ela é como um copo d'água, servindo mais para que as pessoas vivem bem com o problema do lado, problema que nunca é resolvido.

Outra coisa surpreendente e que já havíamos falado aqui é que a bondade estereotipada pode esconder uma maldade embutida. Para satisfazer interesses, pessoas más pode ajudar as outras. ONG's que cuidam de pessoas carente, principalmente aquelas que as sustentam, oferecendo moradias, se aproveitam para transmitir valores duvidosos defendidos por quem as mantém, numa atitude de manipulação ideológica disfarçada de projeto educacional.

ONG's mantidas por políticos, celebridades e esportistas costumam incluir proselitismo ideológico em seus projetos educacionais. Obviamente os donos dessas ONG's nunca iriam querer que seus tutelados defendam valores opostos aos que seus tutores acreditam.

Voltando ao nosso tema, a inteligência garante um altruísmo mais responsável e eficiente. Sem o desenvolvimento intelectual, a bondade soa como um prédio a ser construído em cima de uma areia movediça. A inteligência garante a bondade porque, além de provar a necessidade de bem estar coletivo de forma mais exata, ainda observa quais essas necessidades e de que forma elas podem ser satisfeitas.

A caridade estereotipada é frouxa, desconhece necessidades, se limita a paliativos e nunca resolve problemas. Pessoas são "educadas" com valores tradicionais, mas equivocados, sua formação de caráter é direcionada à sobrevivência econômica e os valores positivos embutidos servem para consagrar erros inerentes a cultura de mercado e a religiosidade (que na verdade não passa de uma mitologia, culturalmente saudável, mas danosa quando interfere no cotidiano).

Já o inteligente que não é altruísta, não foi totalmente inteligente por se esquecer que vivemos em uma coletividade e que seria muito bom que todos pudessem viver bem. A verdadeira inteligência se coloca no lugar do outro, analisa problemas, propões soluções e rompe com mitos. O bom que não é inteligente se recusa a romper com mitos, que acabam por limitar bastante o resultado da bondade praticada, perpetuando problemas.

Enfim, a inteligência e a bondade caminham juntas, fazendo parte uma da outra. Uma sem a outra é garantia de fracasso.

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