Fé é um tipo de loucura socialmente aceita e aprovada

A loucura é o que chamamos quando perdemos o controle de nossas ações ou quando colocamos ideias ficcionais no lugar da realidade como se fossem reais. Os loucos são socialmente reprovados e todos fazem de tudo para se afastar de quem considera nesta condição.

Mas há um tipo de loucura socialmente aceita: a fé religiosa. Resultado da má interpretação do conselho que diz que devemos confiar em nós mesmos e em quem nos quer bem, a fé religiosa é na verdade a crença que uma mitologia cheia de seres e ideias sem comprovação, seja real e que é responsável por conduzir a nossa vida. Um grave erro que tem emperrado a evolução da sociedade.

A fé religiosa na verdade, é consagrada pelas regras sociais. Ninguém vai ridicularizar um erro cometido por uma grande maioria de pessoas. Os erros cometidos por multidões costumam ser consagrados como acertos na sociedade brasileira e muitos se transformam em verdadeiras tradições.

Claro que como toda mitologia, a fé religiosa enriquece culturas. Se ela fosse vista como entretenimento, não haveria nada de mal. Mas ela se torna um problema quando começa a interferir na realidade, quando ela estimula a acomodação ("se deus colocou isso em minha vida é porque tem que ser assim"), estimulando pessoas a não corrigir os problemas que as afligem.

As religiões ainda são responsáveis por uma série de preconceitos, já que muitos pontos defendidos pelas religiões são altamente discutíveis. Estes pontos, aceitos sem contestação e aplicados no cotidiano real só fazem piorar os problemas, ao invés de resolvê-los. Além do mais, muitos desses pontos são altamente contraditórios tanto entre si como entre a lógica e o bom senso.

O religioso acaba se comportando feito um louco que passa a defender de maneira um tanto agressiva ideias e seres sem comprovação real, muitas vezes ficcionais e contraditórios. Mas é uma loucura aceita socialmente, onde pessoas conversam com estátuas, veem seres imaginários, acreditam em absurdos e esperar um dia que a prosperidade venha da forma mais fácil possível. Tudo isso graças a um monde de duendes que as pessoas insistem em chamar de anjos, santos, espíritos e até de Deus. 

Há momentos que a imaginação passa a ser bastante nociva.

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