Não dava para evitar certas bobagens?

No movimento espírita brasileiro estão sendo inseridas um monte de tolices, graças a ingenuidade de médiuns difusores, à falta de discernimento dos seguidores e de uma leitura mais atenta das obras de Allan Kardec. Mas tem gente que estrapola e aproveita a oportunidade de cometer sérias gafes com bobagens gigantescas que não ajudam em nada.

Numa palestra em um centro espiritólico perto de casa, a expoente cometeu a asneira de dizer que, ainda dentro do ventre materno, Jesus pulava de alegria ao saber que do seu lado estava Santa Izabel, também grávida, de João Batista, que era o seu primo. 

Isso é informação que se diga? Que tipo de lição ganhamos com esse episódio inútil. E se isso não aconteceu? Mesmo que tenha realmente acontecido, é extremamente irrelevante para ser dito numa palestra, cujo tempo curto deveria ser melhor aproveitado para informações realmente úteis.

Sinceramente, pular dentro do ventre de alegria ao saber da proximidade de um primo, é ridículo e não ajuda em nada a evolução espiritual de qualquer pessoa. Mas já imaginou se começarem a permitir bobagens assim, sob o pretexto de que isso demonstra a "superioridade" de Jesus por causa da suposta telepatia? Outras religiões é que gostam de apresentar Jesus como um mágico e não o "racional" Movimento Espírita, que deveria ter evitado essa desnecessária gafe.

Vejamos "informações" semelhantes, que poderiam ser dadas, se a coisa continuar desta maneira:

- São Marcos tomou um litro de água em um determinado dia por que estava muito quente.
- Zaqueu voltou para casa com uma moeda de 10 denários porque não conseguiu troco.
- São Tomé usava uma roupa azulada no dia da traição.
- Maria, mãe de Jesus lavava a roupa com a mão direita e não com a esquerda em um sábado.
- Herodes comeu demais e passou o dia todo no banheiro.

Coisas assim que se assemelham a estorinha contada na palestra. Além de inúteis, demonstram total despreparo do palestrante que achou interessante usar uma informação fútil como se isso pudesse contribuir - e não contribui - para a evolução da humanidade.

Contribui mesmo para transformar o palestrante num palhaço e o publico que assiste em autênticos otários.

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