Religiosidade contribui para o emburrecimento do povo brasileiro
Antes que me acusem de qualquer coisa, quero dizer que se nem todo religioso é burro, mas todo burro é religioso. E os religiosos inteligentes não estão sendo inteligentes em ser religiosos, sendo uma espécie de lapso de sua racionalidade. Uma espécie de descanso cerebral.
Uma pesquisa recente, feita por um instituto britânico, pesquisando muitos países (não sei dizer se foram todos) comprovou, com base na forma de como os entrevistados encaravam a realidade cotidiana, de que os brasileiros são o terceiro povo mais ignorante do mundo, depois dos indianos (2º) e dos mexicanos (1º). Um detalhe a observar, mas não mencionado na pesquisa é que todos os três países tem população altamente religiosa.
A religiosidade é praticamente o oposto da racionalidade. A fé, considerada no Brasil a maior qualidade de seu povo, na verdade é sinônimo de credulidade, que na verdade se caracteriza pela confiança cega em uma pessoa ou instituição de prestígio que permite que muitas besteiras e absurdos sejam facilmente aceitos como verdades absolutas.
Os brasileiros são predominantemente religiosos e ainda associam a religiosidade ao bom-caratismo. Muitos ainda não aceitam a possibilidade de uma pessoa se tornar boa sem ter uma única fé. São capazes de enxergar mais bondade em um bandido que se declara "cristão" do que em um ateu altruísta e cumpridor de seus deveres morais, éticos e financeiros.
As religiões, que na verdade não passam de mitologias surreais, são confundidas como "fatos históricos" pelos seus adeptos, que por falta ou escassez de racionalidade não conseguem enxergar absurdos no surrealismo dos dogmas religiosos. Infelizmente, a religiosidade pode ser aceita, sem qualquer tipo de ofensa, um tipo de ignorância, pois o religioso tem a dificuldade de separar realidade de surrealismo, desejando que dogmas absurdos sirvam de guia para fatos que ocorrem em nosso cotidiano.
Religiosidade é instinto básico, desaparecendo com a evolução intelectual
A religiosidade é avessa a racionalidade. A própria lenda de Adão e Eva, usa a macieira como metáfora para o conhecimento (ela e chamada de "árvore do conhecimento") e quem come uma das maças da árvore é punido severamente pela atitude. Trocando em miúdos, a religiosidade salva os burros e condena os intelectuais. mas classifica como "sabedoria" a fé cega estimulada por cada seita ou igreja.
Religiosos costumam se achar mais sábios que ateus, se esquecendo que a fé é uma característica instintiva, rudimentar, que descende do instinto de proteção que nos faz desejar a presença de um tutor a nos guiar e a nos fazer favores. do contrário que os religiosos pensam, a religiosidade é sinal de atraso intelectual e da dificuldade de utilizar de forma correta a racionalidade. E nem tentem nos acusar de ofensa, pois temos condições de comprovar isso na prática. O que já foi feito inúmeras vezes. pelo mundo afora.
A religiosidade está interferindo no modo de pensar das pessoas até mesmo em assuntos extra-religiosos. As pessoas estão construindo suas convicções com base na credulidade, senão em líderes religiosos, mas em autoridades, celebridades e na própria mídia, instituições que ainda são bastante confiáveis na opinião da maioria das pessoas, sobretudo as que já seguem uma religião. Não vale mais o que é dito, mas quem disse e absurdos são justificados por meio de outros absurdos, facilmente aceitos por mentes com o discernimento atrofiado.
Religiões são ótimo instrumento do poder e por isso com frequência empresários e políticos se aliam a lideranças religiosas que cumprem o "nobre dever" de impedir que as pessoas raciocinem, além de estimular o medo que as pessoas tem das autoridades, através do estímulo ao medo da Autoridade Maior chamada de "Deus" (misto de político, patrão, juiz, mágico e pai que age distribuindo ordens e favores, mas supostamente vive se escondendo da humanidade). Pessoas ignorantes e medrosas são mais fáceis de se manipular.
Por isso mesmo não é estranho ver nações ignorantes serem altamente religiosas e nações inteligentes se tornarem cada vez mais ateias (olha a Islândia aí, gente!). E a libertação que devemos ter ao largar a religiosidade é a mesma libertação para a ignorância, pois sem lideranças divinas para nos guiar, teremos que nos virar nós mesmos e desenvolver a racionalidade que sempre negligenciamos. Nenhum "Deus" ou divindade deve pensar por nós.
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