Livro de Christopher Hitchens é relançado no Brasil

Embora Christopher Hitchens tenha morrido em 2011, nunca se falou tanto no jornalista e ativista ateu como nos últimos anos. O documentário que ele produziu sobre Madre Teresa tem sido bem viralizado, visto e comentado nos últimos meses, como manifestação contra a agendada canonização da freira que abandonou os pobres em um matadouro enquanto viajava e hospedava com o maior luxo, bancada por autoridades, mas é considerada pelos seus admiradores como exemplo máximo da bondade.

Não se sabe se por carona neste fato ou se é coincidência, a famosa obra de Christopher Hitchens Deus não é Grande (Como a Religião envenena o Mundo) está sendo relançada no Brasil com uma nova capa. A capa original, simplória, segue curiosamente o estilo dos anos 70.

Mais curioso que a editora que está relançando o livro pertence às Organizações Globo, da família católica Marinho, que nunca fala sobre ateus em seus programas, faz proselitismo religioso sobretudo em feriados católicos ou com novelas "espíritas" e proíbe seus atores homossexuais de saírem do armário, embora fale sobre esse tipo de relacionamento nas obras de ficção.

O livro, muito bem dividido em tópicos, Hitchens discute a influência que as religiões exercem sobre a sociedade, aproveitando para contestar muitos dogmas. Enfatiza que a fé religiosa é nociva e além de instaurar o medo na consciência das pessoas, impede a conquista de vários direitos, além de entrar em evidente contradição com a proposta de bondade insistentemente presente no discurso religioso.

Ainda não li o livro, mas como sou admirador do questionamento de Hitchens, estou ansioso para lê-lo. Não poderei comprar agora pois no momento moro com pessoas religiosas, para compartilhar custos de moradia. Com o fim essa crise, podendo morar sozinho, com certeza comprarei este excelente livro. Mesmo assim, vou tentar lê-lo em alguma livraria que permita a leitura. 

Recomendo a todos que leiam, principalmente os religiosos. Religiões são mitologias e não tem nem competência e muito menos responsabilidade para interferir na realidade cotidiana.

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