Ateofobia ainda é praticada e pior: estimulada

Hoje, foi institucionalizado o Dia do Orgulho Ateu, uma forma dos ateus clamarem por respeito a laicidade do estado e ao direito de não acreditar em seres e ideias sem comprovação real. A data, comemorada no resto do mundo e só agora lembrada n Brasil, foi escolhida por causado aniversário do biólogo inglês Charles Darwin, que renegou as lendas bíblicas sobre a criação do mundo e por isso virou "símbolo"dos ateístas e agnósticos.

Infelizmente hoje, em pleno século XXI ainda pensamos como medievais. Como boa parte da humanidade, sobretudo a de países emergentes com o Brasil, não são estimuladas a ter uma racionalidade espontânea, a ignorância ainda impera e com ela a religiosidade.

Consideradas pelos seus adeptos como "formas ideais de obter conhecimento", a religiosidade e a fé dispensa a racionalidade e obriga a aceitação de ideias absurdas, fatos surreais e seres sem existência comprovada. Com vocação puramente mitológica e portanto cultural, a ânsia dos religiosos é romper com os limites da mitologia e interferir na realidade, na crença (acreditem, material) de que existe uma espécie de "cúpula de homens", liderados por um ser máximo e superpoderoso conhecido como "Deus",  governando o universo.

E ao invés de transformar o culto a esses seres irreais em um entretenimento, o que seria aceitável e inócuo, os fiéis e lideres religiosos encanara de tentar interferir na realidade cotidiana se baseando nas convicções erradas que confundem o virtual do real. Religiosos normalmente se esquecem dos limites entre realidade e ficção e ignorar esses limites tem sido a causa cada vez mais frequente de muitos preconceitos e decisões erradas que arruínam o nem estar social, limitando muitos direitos.

Religiosos ignoram que por defenderem ideias que não tem confirmação ou são confirmadas como absurdas é mais do que óbvio que a aceitação nunca poderia ser unânime. Religiões por não trabalharem com a lógica, são altamente contraditórias e pessoas com o mínimo de racionalidade percebem que nunca devem colocar absurdos como manuais de sobrevivência cotidiana.

Os religiosos deveriam ter um pouco mais de lógica e entender que não são donos da verdade e muito menos da realidade. Não reparam que só o fato de existirem muitas religiões já prova que nenhuma delas está com a verdade? O direito a fé deve ser respeitado, mas nunca deve ser confundido com o abuso de tentar impor a sua fé para outras pessoas. Principalmente para quem não acredita e qualquer das religiões.

E nem venham acusar os ateus de intolerantes. Conhecemos muito mais os pontos das religiões que os fiéis, pois estes praticamente só leem aquilo que interessam ou por indicação de suas lideranças. E apesar de reprovarmos as religiões como reguladoras da realidade, gostamos das religiões como manifestações culturais, entendendo que a fé pode enriquecer culturas.

Mas somos mais racionais que os religiosos, estes acostumados a aceitar absurdos pensando ser sabedoria. Se ficassem nas suas igrejas tranquilamente cultuando aquilo que acreditam, tudo bem. Mas interferir na realidade cotidiana de uma humanidade cada vez mais diversificada é péssimo para o bom convívio humanitário.

Respeitem o direito nosso a não crença e aprendam a verificar a veracidade de seus dogmas. As religiões não passam de mitologia a entreter e são saudáveis a medida que não interferem na realidade. O que não podemos tolerar é ver o nosso cotidiano regulado por seres sem existência comprovada e dogmas sem pé nem cabeça que impedem o exercício de nossos direitos mais básicos. 

A fé é boa dentro de seus templos. Fora deles só tem causado estragos. Respeitem a laicidade de nossa realidade cotidiana. É o minimo que podemos pedir no dia de hoje.

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