Quer ajudar? Diga com humildade, mas diga!
Um dos dogmas espiritólicos é o de que a caridade deve ser feita com maior descrição possível para não parecer arrogância ou exigência de retorno. Discordo. Esconder a caridade soa tão arrogante quando ostentá-la vaidosamente.
A caridade deve ser mostrada para que possa ser utilizada como exemplo e para que conheçamos quem as faz e possamos verificar se ela está sendo feita de fato. Há a silenciosa "indústria da caridade", onde a pretexto de ajudar o próximo, se ganha muito dinheiro através de superfaturamento. Estou preparando um texto somente sobre isso a ser publicado a médio prazo.
Esconder a caridade não é também uma atitude a ser tomada, pois ela se torna exclusividade de quem a faz e acaba não servindo de estimulo para que outros façam o mesmo. O problema não é ostentar a caridade mas como ostentar a caridade.
O que é reprovável é a utilização da caridade para se promover, para atrair benefícios ou até para servir de chantagem para o beneficiado. Aí sim é que está o lado ruim da caridade.
Mas ostentar, de modo humilde e respeitoso, nada tem de errado. Pelo contrário, isso serve para mostrar aos outros como se faz e estimula a repetição do gesto, fazendo com que seja prazeroso o altruísmo.
Não caiam nessa cilada de esconder caridade. A arrogância de quem se esforça para esconder gestos de caridade é a mesma de quem quer se promover com a caridade. E em ambas, ninguém é ajudado.
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