A evolução tecnológica versus o entendimento medieval a respeito de Deus
Um dos questionamentos do saudoso José Manoel Barboza era de que, estando em plena era de evolução tecnológica, o fortalecimento das religiões tem nos prendido a uma maneira medieval de entender Deus. Ainda cremos no Deus medieval, ilógico, cruel e moldado ao gosto da cada religião.
O Deus real, justo, amoroso e acima de tudo, racional, ainda continua desconhecido de grande parte da humanidade, que estando em sua zona de conforto, acha mais cômodo manter a sua fé cega tipicamente medieval que contribui para a manutenção das estruturas de poder e o desvio da realidade tão comuns nos dias de hoje, pleno século XXI, que, segundo futurologistas mais antigos, deveria ser uma era de plena evolução intelectual. E não está sendo.
Tudo que conhecemos sobre as religiões foi concebido na era medieval. Como a Igreja detinha poder político na chamada "Idade das Trevas", ela precisava garantir o poder por meio de mentiras que pudessem imobilizar a sociedade, divinizando o poder material, como se todos os governantes atuassem "sob a influência de Deus". E o Deus inventado pelos medievais é o Deus que ainda governa as religiões de hoje, estimulando a fé irracional, o fanatismo e a inércia, entregando a responsabilidade da resolução dos problemas a seres que nem sabemos se existiram de fato.
E porque em plena época de evolução tecnológica, ainda temos que manter a nossa fé ainda bastante medieval. Os medievais estavam certos a respeito de Deus? Na verdade, os medievais estavam errados a respeito de tudo. Se eles estivessem certos, estaríamos medievais até hoje, cuidando passivamente de nossos feudos. E se largamos quase todos os hábitos e costumes medievais, porque ainda continuamos medievais em nosso entendimento sobre Deus, Jesus e suas lições?
E de que adianta as religiões usarem TV, internet e as tecnologias mais avançadas para difundir valores que só faziam sentido em tempos medievais? Porque insistimos em manter a fé cega em seres e situações que em sua maior parte são comprovadas como absurdas e inexistentes? Em tempos em que se exige maior racionalidade, ainda continuamos acorrentados no calabouço da fé irracional?
O ideal é que todas as religiões tivessem desaparecido. Elas não combinam com sociedades em evolução. Se elas ainda continuam fortes é porque em nossas mentes, ainda estamos muito medievais. As máquinas evoluem sem parar, mas a mente humana se recusa a companhar a evolução tecnológica. Ainda nos sentimos muito bem confortáveis diante dos absurdos e contradições das religiões, como crianças que ainda insistem em acreditar em duendes e no Papai Noel.
Se não largamos a fé cega, teremos o risco de deixar que as máquinas nos governem, do mesmo jeito que as religiões já fazem conosco. E isso é uma verdadeira ingratidão e desrespeito com Deus, que nos deu o cérebro para que não usemos, aceitando passivamente todo o absurdo que nos é dito.
Somos futuristas na aparência, mas continuamos medievais na essência. Quando é que a humanidade chegará de fato ao futuro?
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