Como a direita justifica o seu "direito" à agressividade

A  direita é claramente burra. Mas ela é poderosa e tem recursos para fazer o que quiser para defender seus interesses. Como não pensa, ela apela para a agressividade. Mas como ela quer conquistar a confiança de toda a sociedade, a direita teve que lançar mão do maniqueísmo (doutrina que separa as pessoas e situações em "boas" e "más") para justificar a sua atrocidade contra seus adversários.

Era preciso demonizar os adversários, transformando-os em inimigos da opinião publica, mesmo que fossem pessoas altruístas e virtuosas. Os poderosos teriam que transformar seus adversários em vilões para que a agressividade contra eles fosse justificada e a atuação parasitária dos poderosos pudesse seguir com total liberdade.

Controladora dos meios oficiais dos meios de comunicação e do aparato educacional e publicitário, a elite parasitária ratou logo de inventar, de forma bastante complexa e atenta aos mínimos detalhes, uma suposta vilania a todos aqueles que se opusessem ou ameaçassem os interesses dessa elite. Uma campanha difamatória que se aproveitaria da ignorância de grande parte da humanidade e da confiança destas nas fontes de informação controladas pela elite.

Inventar que negros são grosseiros, índios são preguiçosos, socialistas são sádicos, além de atribuir defeitos a outras classes consideradas opositoras pela elite dominante. A agressividade da elite contra seus adversários é tratada não como ofensiva, mas "defensiva". Como se a elite estivesse defendendo a própria e a sociedade contra a suposta ameaça das forças oprimidas que por sobrevivência reagirão contra a opressão insistentemente negada pelos opressores.

Ou seja, a elite se livra de sua real vilania ao alegar que a atitude sádica contra oprimidos é na verdade uma defesa contra "selvagens" que ameaçam a ordem social supostamente garantida pelo conformismo em relação a ganância elitista que delega a ela mesma a função de comandar a sociedade e de zelar pela riqueza financeira - acumulada em suas contas bancárias particulares - como se fosse justo que a elite tenha muito mais que o resto da humanidade.

Toda esta estória é construída e difundida amplamente para fazer toda a sociedade a concordar com este maniqueísmo que beneficia a elite e seus apoiadores, mantendo o resto da humanidade senão em miséria, mas em condições de bem estar precário. Por isso que a elite se empanha em consagrar e difundir a lenda maniqueísta que a coloca do lado dos "bons" e os excluídos do lado dos "maus".

Isso é o que conduz o moralismo da sociedade como um todo, que enxerga a elite como uma boa tutora a proteger toda a humanidade do suposto mal que a ataca. E é o que perpetua as injustiças que existem até hoje, sem prazo para serem encerradas. Até porque o fim das injustiças é o fim das elites, com o nivelamento de todos os seres humanos a um mesmo patamar, o que seria verdadeiramente justo. Algo altamente desejável, mas impossível de realizar a curto prazo.

Por enquanto aguentemos a ganância elitista e as mentiras que a sustentam. Em prazo indeterminado.

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