Religiões são incompetentes para fazer caridade

Quem é realmente altruísta e pretende tirar os mais pobres do sofrimento crônico é obrigado a reconhecer que a caridade frequentemente praticada pelas instituições religiosas é precária e paliativa. E na verdade uma forma de dar migalhas aos mais carentes em um sistema ganancioso em que uma minoria de ricaços faz questão de concentrar renda para si. 

Por isso que as instituições religiosas em sua grande maioria apoiaram o golpe e se associaram a forças conservadoras de caráter duvidoso (várias delas comprovadamente corruptas) pois foi necessário impor uma forma de caridade que não prejudicasse os mais ricos e que favorecesse a dependência dos pobres às religiões, aumentando o "rebanho" das mesmas.

É uma ideia arraigada a de que as religiões tem compromisso com o altruísmo e com o bem estar dos mais carentes. Mas indo a fundo, vemos que tudo e fachada. Religiões são uma forma de poder onde lideranças influenciam pessoas a seguir convicções pessoais de seus lideres e favorecê-los em seu acúmulo de poder e bens materiais.

O papo de caridade e compromisso "cristão" (embora seja bem claro que Jesus reprovaria o comportamento de todas as religiões hoje) é usado como escudo por líderes religiosos para que as críticas, muitas vezes sensatas a ideologia e a atitude destes, sejam rapidamente abafadas.

Qualquer liderança religiosa por exemplo poderia dizer: "Você está me criticando? Mas eu tenho um trabalho de caridade. Pessoas precisam de mim. Você vai prejudicar esse trabalho do bem?", na tentativa de se defender de tais criticas. O suposto compromisso com a filantropia tem criado uma blindagem mais do que sólida que protege lideranças dos mais envergonhosos escândalos.

Ou seja, se um líder religioso pratica a caridade, ele pode aprontar as suas, inclusive se corromper, que o fato de ter pessoas carentes sob sua responsabilidade lhes permite o perdão e a isenção que o faz escapar ileso a punições e permitir a preservação do prestígio.

Há muitos anos as religiões não conseguiram acabar com as desigualdades e os problemas que perpetuam a pobreza e a miséria. Por incompetência ou propositadamente, para garantir o aumento e a permanência de fiéis em seus templos, as religiões tem preferido uma forma de caridade paliativa e precária, que nunca acaba com as desgraças dos mais carentes.

Sinceramente, existe gente muito mais capaz de auxiliar os mais carentes e que infelizmente estão sendo criminalizados para que esta caridade precária e paliativa continue a "confortar" os aflitos sem afligir os confortáveis.

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