Abençoados por uma ficção

Sei que pode parecer intolerância religiosa, embora não seja. Mas temos que reconhecer que 90% delas é pura ficção, resultado de lendas que, absorvidas com emotividade excessiva e irracional, são tomadas como verdades absolutas e inquestionáveis, dando uma noção errada da realidade e criando atritos com quem se dispuser a verificar a veracidade de tais lendas.

E por ser irracional, favorece o surgimento de muitos absurdos, coisas fora da lógica que se pararmos para pensar (e religiosos se recusam a pensar, como se fosse um pecado raciocinar - então, porque Deus nos fez com cérebro?) não fazem qualquer sentido, transformando a fé cega em uma verdadeira ilusão alucinógena.

Os católicos tem o hábito de criar muitas personagens para "Virgem" Maria, a "Nossa Senhora", mãe de Jesus que é frequentemente cultuada pelos católicos - e também pelos espiritólicos (um erro que nada tem a ver com Espiritismo, sendo um enxerto católico). Se  o culto a "Nossa Senhora" em si não faz sentido, pois ela nada fez de relevante para a humanidade (além de gerar Jesus - mas se for assim, as mães de todos os grandes homens da humanidade seriam cultuadas), imagine o estranho hábito de criar "santas" derivadas dela?

Uma das "santas" derivadas é a Nossa Senhora de Aparecida, a ser celebrada no próximo dia 12. Infelizmente, ela é consagrada como Padroeira do Brasil, rendendo um feriado nacional, tratado com extrema importância. É quase uma data cívica e coincide com o Dia da Criança. Na verdade, não passa de uma estátua, inspirada na imagem de Maria, só que pintada de preto.

Uma estátua! Somos abençoados por uma estátua! Um absurdo! Um grande sinal de atraso na humanidade brasileira! Devotos de Santa Estátua! Creio que com o avanço da humanidade, a longuíssmo prazo, iremos rir disso, como rimos de hábitos comuns em sociedades antigas e que eram normais para a época (como ir a praia cheio de roupas).

Respeito a crença, mas como cultura, pois a estátua representa um personagem a ser admirado, mesmo não sendo real. É como cultuar o Batman. Mas dai a entregar a sorte do país, de uma sociedade inteira a alguém de inexistência comprovada (Maria, supostamente representada na estátua, existiu, mas não era assim), é realmente travar o cérebro. Mais triste ainda é saber que meu alerta será entendido como ofensa cruel, já que este hábito de cultuar estátuas de santos existentes ou não, dura séculos, consagrado como um "bom costume".

E aí perguntamos porque a sociedade brasileira não se evolui e não resolve os seus problemas e ninguém consegue perceber a resposta.

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