Fiéis se reúnem para esperar ressurreição de pastor de sua igreja

Um pastor de uma igreja evangélica de Goiatuba, no interior de Goiás, Huber Rodrigues, declarou, antes de morrer, que ressuscitaria no terceiro dia. Disse que recebeu esta "orientação" do Espírito Santo e que seria vontade de Deus, que preservaria seu corpo e seu cérebro para "passar por esta experiência". 

O pastor deixou uma carta escrita com a "profecia", sem estipular uma data, apenas dizendo que três dias após morrer, às 23:30, voltaria a vida. O pastor aproveitou para fazer uma ameaça: “Mas quando este dia chegar à pessoa que tentar impedir os planos de Deus, pagará um preço muito alto, preço este, que somente Deus saberá como”. Coisa típica de fanáticos conservadores possuidores da histeria religiosa.

O que é mais engraçado é que os fiéis da igreja onde o pastor atuava e provavelmente alguns curiosos, se reuniram em torno da funerária em que preservava o tal corpo em refrigeração, desobedecendo as ordens da prefeitura que, por medidas sanitárias, recomendava enterrar o corpo imediatamente, esperando o bizarro acontecimento.

Só que nada aconteceu e o corpo teve que ser enterrado meia hora depois do horário anunciado para a ressurreição. Não foi informado algo sobre a reação da população , que deve ter ficado decepcionada. A religiosidade não é racional e possibilita a crença em absurdos e contradições. Mas a lei brasileira protege a fé religiosa e por isso a prefeitura do município goiano nada pode fazer.

É incrível até onde a fé religiosa pode ir. Vários pastores em todo o mundo, acreditando ter poderes sobrenaturais pelo simples fato de acreditarem serem enviados de Deus (portanto, divindades vivas), cometem abusos que os levam a morte. Como um caso recente de um pastor africano que morreu afogado quando tentou caminhar sobre a água.

Não apenas os evangélicos se dispõem a essas loucuras. Mesmo mais discretos, "espíritas" também defendem loucuras inimagináveis e tem no tal de Chico Xavier (outro doido cheio de estórias bizarras supostamente sobre a sua vida e atuação) a sua divindade viva e incontestável, símbolo máximo da bondade, mesmo limitando o seu "extremo" altruísmo a uma reles distribuição de migalhas e esmolas.

De qualquer forma, a religiosidade é realmente um tipo de loucura que a sociedade aceita normalmente porque se recusa a racionalidade "chata e insensível", que exige esforço intelectual e carece da pieguice que empolga muitas pessoas. 

Enquanto não nos tornarmos seres realmente racionais e levarmos a nossa natureza humana a sério, a religiosidade continuará forte e gafes como essas continuarão acontecendo.

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