Religião é sempre cúmplice do Capitalismo

Os esquerdistas, todos eles, deveriam descartar de uma vez por todas as religiões. Ingênuos com o estereótipo de bondade amplamente divulgado pelas religiões, uma bondade precária e meramente paliativa, esquerdistas, contrariando o ateu Marx, abraçam a fé de forma empolgada, acreditando estarem beneficiando multidões e também a si mesmos com a atitude.

Coitados. Mal sabem os esquerdistas que estão fazendo um jogo que agrada muito bem os capitalistas, rendendo muitos pontos aos direitistas, colocando-os no caminho da vitória nesta disputa política. A fé religiosa como meio de poderosos parecerem bons e pobres se sentirem sob os cuidados de supostos benfeitores sempre a postos para lhes ajudar. Cascata!

É impossível ser socialista de fato sendo submisso às religiões, que sempre caracterizaram a sua filantropia como algo que nunca tirou pobre nenhum da miséria, servindo de mero copo de água a acalmar e fazer suportar a dor nunca encerrada.

As religiões sempre foram muito úteis para o sistema de dominação capitalista. O ateísmo sempre foi perigoso para os poderosos. A ideia da bondade estereotipada cria muito conformismo, e somada a ideia de uma liderança superpoderosa e invisível a todos favorece muito bem o poder capitalista, já que a maioria dos superpoderosos empresários nunca aparece. E se aparece, permanece distante.

Uma liderança invisível dotada de superpoderes cria medo e favorece a submissão. Ninguém tem a coragem de enfrentar uma força desconhecida que pode destruir quem se recusa a obedecê-la. Isso nada tem a ver com o Socialismo, que é uma ideologia que nasceu para beneficiar a todos, sem privilegiar algum tipo de liderança, seja um nobre megaempresário ou uma divindade  invisível.

O apego que certos esquerdistas tem à religiosidade é uma contradição. Ainda mais que muitos tentam politizar a religião com aquela ideia tola de que Jesus era socialista, muito antes do Socialismo surgir. É um forçamento de barra a tentar unir esquerda e religião, favorecendo os interesses particulares das lideranças religiosas, mesmo as "progressistas".

Pois líder religioso vive da religião. A religião é a sua profissão. Por isso tem que manter a religiosidade de seus fiéis de pé, senão morre de fome. É a sua influência que lhe garante a fama que faz com que receba donativos e ajuda governamental para que substitua o salário que supostamente não tem - padres ganham salário? Ninguém tem a coragem de responder essa. "Eis o Mistério da Fé"...

RELIGIÃO, O ÓPIO DO POVO

Cremos que os esquerdistas estão sendo enganados pelas lideranças religiosas. Sabemos que a religiosidade, por envolver teimosia por parte dos fiéis, é algo que não vai desaparecer tão cedo. E que esquerdistas precisam aumentar os seus adeptos. Por isso apelam para a religiosidade e para a fé para atrair os religiosos. Quanto mais gente, melhor!

Mas a religiosidade é perigosa para a esquerda, que deixa de raciocinar e passa a acreditar. A fé toma o lugar da razão, deixando a porta aberta para as pseudociências e para o messianismo, em que a idolatria a Lula se reduz a devoção a uma espécie de "salvador", ao invés da saudável compreensão de uma liderança progressista a nos mostrar o caminho de um mundo mais justo e próspero.

A religiosidade tem feito com que as esquerdas ficassem mais subjetivas, onde cada indivíduo, com base em seu achismo, defende seu ponto de vista particular, ao invés de compreender os fatos como eles são realmente. Isso tem transformado a esquerda numa Torre de Babel criando uma onde de desentendimentos que só favorece as direitas, seja a extrema (fascista), seja a moderada (liberal).

O apego religioso chega a tal ponto dos esquerdistas apelarem para a fake news e para o pensamento desejoso (wishful thinking) para distorcer a frase de Karl Marx, que dizia que "a religião é o ópio do povo". Bom, mesmo assim, para que vive dizendo que maconha faz bem e deve ser consumida por todos, chamar religião de ópio parece um elogio.

Mas não adianta, as religiões sempre serão um instrumento muito bem sucedido de dominação capitalista. Sempre foi um instrumento de poder desde os primórdios. Bastava uma liderança assumir um caráter divino - representante de Deus ou o próprio Deus - para gerar uma onda de obediência irrestrita e irrevogável.

O próprio empresariado, que é quem realmente comandado este mundo cada vez mais injusto e com problemas que só crescem, sendo cada vez mais difíceis de serem resolvidos (o que estimula a passividade e o medo de mudanças), pode ser considerado como "divindades modernas" pois nas mãos deles que se situam as decisões capazes de mudar o destino de multidões. 

Quem sabe, "Deus" é na verdade uma metáfora ao empresariado, que tudo pode e tudo quer? Somente os esquerdistas ainda não se deram conta disso...

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