O fascínio das pessoas pelo ocultismo, misticismo e paranormalidade
Claro que a crença em uma nobreza invisível, gestora de todas as doutrinas ocultas, não veem da lógica e sim da emotividade pura, esta também considerada mais nobre que a racionalidade. Se a emotividade transforma o amor em sentimento nobre, fazendo-nos crer que todo casamento e todas as atividades filantrópicas são admiráveis por si só, mesmo que em seus bastidores aconteçam atitudes das mais reprováveis, é óbvio que ela vai ser mais utilizada na compreensão do desconhecido do que a racionalidade combativa que pode nos livrar deste tipo de ilusão.
Mas não adianta. A lei do menor esforço (acreditar exige muito menos esforço do que raciocinar: preguiça?) presente em nossos instintos nos faz sempre preferir pela fé no misticismo. Somado a isso, a noção de que o desconhecido está representado por uma nobreza que supostamente nos será revelada em um futuro (remoto ou não) cria uma teimosia em acreditar que tem fortalecido várias ideologias ocultistas e mais ainda as religiões, que seguem cada vez mais fortes mesmo em um século em que vários futurólogos afirmavam ser a era da racionalidade. Uma previsão fracassada que nos mostra que a humanidade evoluiu muitíssimo pouco desde que apareceu no planeta Terra.
A crença de que o mundo invisível é muito mais nobre que o mundo que conhecemos, supostamente livre de todas as mazelas, injustiças e imoralidade, que nunca se resolvem, tem favorecido com que imensas multidões fortalecessem ideologias ocultistas, enriquecendo e dando poder a lideranças que lucram muito e tem em seus seguidores, pessoas com quem podem contar quando alguma coisa apertar. Bom lembrar que existem autoridades, entre políticos, empresários e juristas, dispostos a defender ocultistas, por compartilharem ou as crenças, ou os interesses favorecidos por estas crenças.
Por estes e outros motivos que as ideologias ocultistas e principalmente a maior delas, a religiosidade, seguem cada vez mais fortes nos dias atuais. Com problemas insolúveis e lideranças laicas que nunca param de nos decepcionar, o caminho do misticismo parece mais seguro, mesmo sem qualquer tipo de comprovação existencial.
Mas isso não importa, pois para quem sente, mesmo que não pense, o fato de se sentir fascinado pelo oculto, é suficiente como comprovação. Pois viver iludido quando a realidade nos incomoda faz parte de nossos instintos. Vamos demorar muito para perceber que o invisível só existe em nossas teimosas mentes. E quando percebermos isso, a decepção será gigantesca e dolorosa.
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