Preocupação Mundial com Amazonia é justa, mas mostra que a maioria está mais preocupada em preservar plantas e animais do que seres humanos

Quando Bolsonaro tomou o poder com a sua fama de sádico, muitos protestaram contra a posse dele, mas calaram-se depois. A morte de seres humanos, sobretudo pobres anônimos, é algo que não incomoda quem, além de vivo, é sadio e próspero. 

Muitos dos que se engajam em campanhas em prol da natureza (com vários deles virando vegetarianos ou veganos) são pessoas muito bem de vida com farto patrimônio e contas bancárias muito bem alimentadas. 

Para quem é próspero, a vida humana não tem valor a não ser a deles e a de seus próximos. O que importa é salvar plantas e animais, mesmo que esta salvação não signifique a melhoria da humanidade. 

Pois, apesar da defesa do meio ambiente ser usta e influenciar a vida da humanidade, não é pensando na humanidade que muito se revoltam com a destruição da natureza. Muitos até se esquecem que o ser humano faz parte do meio-ambiente e que a miséria resultante da má distribuição de renda também é uma forma de agressão ao meio-ambiente.

Soa como uma hipocrisia ou como forma de auto-promoção (como uma pessoa supostamente responsável, conscientizada e altruísta) defender a natureza quando se permite a ganancia e nada se faz pelo bem estar de multidões, indo além do precário assistencialismo de religiões e ONGs.

Há uma tranquilidade geral em torno da presença de Bolsonaro no comando do Palácio do Planalto. Era para que multidões, estimuladas por celebridades e intelectuais, agirem, com violência se necessário, para arrancar de uma vez só aquele fascista do poder.

Mas todos parecem tranquilos, os mais ricos preocupados apenas em manter a prosperidade conquistada.e os mais pobres enganados pelos meios de comunicação, lutando por uma prosperidade que nunca vai chegar se depender das regras injustas do Capitalismo dominador.

Se lutarmos apenas por plantas e bichos, vamos ter como resultado a Amazonia vendida as grandes corporações, transformada em patrimônio transnacional e a miséria ainda estabilizada, com multidões tendo que escolher entre jogar com as regras impostas pelo Capitalismo, morrer de fome, ou receber as esmolas escassas de religiões e ONGs. 

No mundo onde a ganancia domina, ninguém está disposto a abrir mão de privilégios e luxo para melhorar avida de desgraçados que morrem todos os dias nas ruas. Pessoas pobres não são tão fofas quanto o tamanduá cego que simboliza o desastre causado por Bolsonaro. O Bolsonaro que deveria ter sido expulso da presidência muito antes do ocorrido.

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