Confiáveis para a maioria dos brasileiros, Forças Armadas brasileiras ameaçam a segurança de seu próprio país

As forças armadas são remuneradas para proteger a nação e seu povo diante de possíveis ameaças externas e algumas internas. Mas não é isso que vemos desde 2016, em que as forças armadas, salvo exceções, tem apoiado gestões entreguistas e declarando como inimigas as forças que lutam em prol da soberania nacional.

Apesar de apoiadas e aplaudidas com entusiasmo por cidadãos mal informados que ainda acreditam no heroísmo e na incorruptibilidade das forças armadas - talvez estimuladas pela boa imagem transmitida por obras de ficção do cinema e da TV - as forças armadas cometem erros que chocam com a sua missão tradicional.

Forças armadas são acima de tudo integradas por seres humanos falíveis, mesmo entre os que estão na cúpula. Sendo seres humanos, levam para as forças armadas os mesmos defeitos e interesses tipicamente humanos. Ninguém deixa de ser uma pessoa quando entra para as forças armadas. 

Mesmo com armas na mão, seus interesses, convicções e principalmente seus erros continuam a ser os mesmos da fase à paisana de suas vidas. Um civil acostumado a se dar bem na vida através de trapaças, vai continuar trapaceando mesmo sob as vestes de uma farda militar, Talvez pior: com uma arma na mão, se sentirá com o poder de obrigar os outros a abrir caminho para o enriquecimento fácil e rápido.

É infantil acreditar que um militar tenha rigorosa fidelidade moral, sendo um ser humano em um planeta ainda atrasado moralmente e em uma sociedade desigual onde magnatas enriquecem de forma misteriosa e mesmo assim são aplaudidos por isso. Magnatas cujos direitos são defendidos automaticamente pelas forças militares, estas pouco interessadas em defender pobres que supostamente em nada contribuem para o país.

A atuação de militares na gestão de Bolsonaro tem mostrado um ausente compromisso com a soberania nacional. Cúmplices de um governo que destrói o país e ameaça a vida de muitos, através de miséria ou de violência, militares tem agido muito para nunca merecer o aplauso que recebem de cidadãos ingênuos ainda confiantes no estereótipo militar difundido por Hollywood.

De responsáveis pela segurança nacional, os militares se tornaram a guarita de um governo claramente miliciano. Milicias é o nome dado a profissionais de segurança - incluindo militares, policiais e similares, mesmo civis - que se envolvem com o crime organizado. 

Recentemente, membros da comitiva de Bolsonaro estavam envolvidos om carregamento de drogas em avião oficial, o que servirá para confirmar o caráter miliciano do governo do ex-militar. Como ainda acreditar em militares que nada fazem para combater um governo miliciano provavelmente criminoso preferindo combater forças políticas que trabalham em prol do país e da população como se estas fossem suas inimigas?

Está mais do que na hora de entendermos que os militares são falíveis. Militares responsáveis, progressistas, humanistas e nacionalistas existem e não são poucos. Mas eles não estão no poder e atualmente não possuem condições de combater a gestão fascista e miliciana que (des)governa o Brasil. 

É preciso se livrar dos estereótipos e entender que os militares instalados no governo estão comprometidos com a destruição do Brasil para que se torne barato para poderosos magnatas estrangeiros, pois provavelmente estão ganhando benefícios com esta missão autodestruidora.

Cidadãos que ainda acreditam nas forças armadas como instituição infalível devem diminuir a sua confiança, até que militares recuperem a sua missão de proteger o país. Devem entender que não se protege um país vendendo as suas riquezas e contribuindo para aumentar a miséria de seu povo em prol de um utópico combate à corrupção, desculpa esfarrapada para todo tipos de atrocidades cometidas pelas instituições públicas.

As forças progressistas políticas devem dialogar com militares para tentar desfazer a inimizada e tentar reeducar os militares para que voltem a desejar a soberania nacional, condição indispensável para a segurança e bem estar de um povo.

Assim que os militares brasileiros se tornarem progressistas e nacionalistas, dispostos a defender o povo não só ao segurar armas, mas a permitir que a economia ande sem servir a ganância capitalista que beneficia poucos magnatas, estes patrocinadores de tudo de ruim que acontece em nosso país desde 2016.

Se os militares querem aplausos, rompam com Bolsonaro e se voltem a favor do povo brasileiro. Caso contrário, a sua imagem, principalmente quando mostrada nos desfiles hipócritas do Sete de Setembro, será a de truculentos leões-de-chácara da ganância capitalista que destrói o país com impressionante rapidez. 

Destruir o país é segurança nacional? Não foi para destruir o país que as forças armadas foram criadas!

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