Religiões estimulam ódio, ódio estimula as religiões
Pode parecer estranho que religiões, instituições tidas como defensoras absolutas da caridade, do amor e do respeito ao próximo possam estimular tantas barbaridades. Mas infelizmente isso nem é absurdo. É real e acontece cada vez mais numa época em que o ódio humano se torna hábito cotidiano.
O grande problema é que as religiões, sem exceção, não trabalham com a lógica. Estimulam a credulidade alheia (que eles chama de fé e classificam como uma qualidade indispensável para seus seguidores) para que as suas lideranças - ou qualquer tipo de liderança; religiões são parceiras do poder político e do poder econômico - possam obter vantagens graças a submissão de seus adeptos. Acreditar no que tais lideranças dizem é considerada a melhor atitude. Só se "dá bem" quem seguir isso e ter "fé". Fé em qualquer tipo de absurdo.
E esta teimosa crença em absurdos tem sido fonte de muitas discussões pelo mundo afora. Crer não traz benefícios reais, mas traz conforto. Pessoas se sentem felizes em acreditar em absurdos. Pessoas se realizam conversando com o ar, chorando ao ver uma estátua e achando que um duende está cuidando de sua segurança e de sua saúde.
E muito certamente esta defesa à esta crença estimula a teimosia e a onda de ódio por parte de religiosos. Acreditando estarem a serviço de um ser supremo, os religiosos pouco se importam em serem bondosos - eles fazem questão do rótulo, mas não das atitudes de uma pessoa realmente bondosa - pois para eles a fé e a submissão a esse Gigante Invisível que eles chamam de "Deus" é mais importante. Mesmo que esta submissão signifique prejudicar vidas alheias. Como inclusive tem sido.
Religiosos não usam o raciocínio, embora se rotulem de sábios e como todo ser humano, odeie ser chamado de ignorante. Se esquecem que todos somos ignorantes neste planeta atrasado e que caminhamos justamente para nos livrarmos da ignorância. Mas religiosos na são estimulados a ter a verdadeira humildade, para eles exclusividade da versão ficcional de Jesus (que creio que existiu, mas nada tinha a ver com religião - possivelmente era o primeiro ativista político de que se tem notícia que sofreu sua segunda crucificação a ser tomado como mito religioso).
Essa falta de humildade dos fiéis - claro, se estão do lado do Supremo, se consideram também supremos - os estagna na mais absoluta teimosia. Some a arrogância com a recusa ao raciocínio e terá o ignorante efeito. E o fanatismo religioso, que se resulta disso, acaba criando inimizades e ódio, por isso é "amigo" quem pensa como o fiel religioso, por mais absurdo que seja este pensamento.
E como um ciclo vicioso que nunca se acaba, se a religiosidade gera o ódio, o ódio reforça a religiosidade. "Se os seres humanos não prestam, vamos nos agarrar mais ainda a Deus e às divindades", pensam os religiosos, acreditando que se aprisionar na fé irá os proteger da ira humana. Ira que os próprios religiosos também demonstram ter, talvez e intensidade ainda maior.
A falta de raciocínio tem feito grandes estragos na sociedade. Apostar todas as suas fichas num suposto "Protetor" que ninguém vê e nem se sabe se existe, é um grave erro que se praticou durante séculos e cujos danos começam a se agravar no Século XXI, justamente uma época de a religiosidade deveria ter sumido faz tempo.
E é preocupante saber que as coisas poderão piorar só porque uma maioria de lunáticos a serviço de um Amigo Imaginário se dispõe a obedecê-lo, considerando-o mais importante do que a desafiadora realidade do dia a adia que se apresenta diante de nós.
Ainda vamos perder muito com a ira religiosa. Isso se ela não acabar com a espécie humana.
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