Ser ateu é loucura? Acreditar em homem invisível governando o universo não é?

Na Tunísia, uma jovem, Nouhe Bchiny, foi internada em um hospício por se assumir ateia. O pai dela é sacerdote muçulmano e a crença desta linha de islamismo defende a tese de que o ateísmo é uma loucura. Normal é acreditar que seres existentes governam o universo sob a orientação de um poderoso homem invisível ou que vive se escondendo.

A lógica mostra que a crença em Deus é que tem características de uma loucura. Mas como a crença em Deus é algo observável pela maioria, é tratada como algo normal. O senso comum ainda não aceita a possibilidade de uma grande maioria de pessoas ser portadora de uma forma de loucura. para o senso comum, loucura é quando o comportamento de uma pessoa foge do padrão da maioria.

A crença em Deus nada tem de lógico, é frequentemente contraditório e lembra bem os delírios infantis em que crianças conversam com amigos imaginários. Mas como religiões são altamente convenientes para o sistema de dominação capitalista em que vivemos, a fé religiosa é protegida por lei, que exige o seu respeito e estimula a prática constante e regular.

Quanto aos ateus, apesar de haverem em certos países, como o Brasil, um respeito a quem se recusa a acreditar em Deus ou em dogmas religiosos, os descrentes sofrem preconceito, são abandonados em seus direitos e não há menções nos meios de comunicação que estimulem o respeito a não-crença.

Mesmo que o caso da jovem da Tunísia seja um pouco extremado, é fato comprovado de que ateus são completamente abandonados em uma sociedade que influi a fé religiosa entre as regras de convívio social, como se acreditar em uma poderosa liderança que vive se escondendo fosse um sinal de humanidade e de respeito à coletividade, quando na verdade nunca passou de um ataque de loucura socialmente aceito.

Mas loucos somos nós, os ateus. Ignorar seres imaginários deve fazer muito mal aos nossos cérebros.

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